segunda-feira, 19 de julho de 2010

ESCUTA, quê?




Sempre que eu falo no que estou trabalhando as pessoas jogam a mesma pergunta: "Mas o quê um ESCUTA faz?". Pois bem, não quero fazer do Balela um blog jornalístico do tipo "estou me formando em jornalismo", mas essa questão eu até quero responder porque, realmente, nem eu sabia (insira uma gargalhada aqui).

Todo mundo sabe que notícia "boa" é raridade na imprensa. De um telejornal ou de um jornal impresso, acredito que uns 80% são só tragédia. Política ruim, morte, assassinato, roubo, rua esburacada, fome, chuva demais, chuva de menos... Muita, mas muita MESMO, notícia que a gente preferia não ver, maaaas...

O trabalho do escuta é mais voltado para as hard news. OMG o que é isso? Hard News, clica aqui, ó, e vê. O termo ESCUTA surgiu porque antes, quando não tinha computador e internet a vonts, a galera que ficava na escuta tinha mesmo que ficar escutando um radinho na frequencia da polícia pra saber quais eram as ocorrências e o que dava para virar notícia.

E, então, Deus criou a internet (ou os americanos, ou não). Aí o trabalho ficou mais fácil (em partes). Nós temos que manter contato com as centrais policiais, de bombeiros e de trânsito para saber se eles estão atendendo alguma ocorrência de "vulto" (como os policiais chamam) , ou seja, de destaque. Se tiver algum caso bom (estilo caso Eliza, Mércia, Isabella) ou até casos menores, como mãe que abandona filho, bora correr atrás das informações desses casos para fazer nota para a agência interna da emissora. Assim, todo mundo fica sabendo o quê tá rolando (na rádio e na tv, que são os meios que a agência da onde eu trabalho alimenta) e pode ver se vale a pena fazer matéria, entrevista ou nota.

Além dessa loucura da ronda (ligar para os policiais para saber se está tudo ok), nós ainda temos que assistir as outras emissoras. Isso mesmo. Ficam ligadas, mais ou menos, umas SEIS TV´s nos principais canais de notícias. Ficamos loucos até acostumar a ouvir tudo e assimilar, mas uma hora acontece. Mas, para quê ouvir/ver as outras emissoras? Assim como tudo no mundo, a imprensa também faz parte de uma rede de concorrência. Se uma loja tem um sapato INCRÍVEL que a sua não tem, provavelmente você vai produzir um tão bonito quanto ou mais ou menos nos mesmos moldes, já que fez sucesso.

Na imprensa é a mesma coisa. Se outro canal deu alguma coisa imperdível, um caso muito bom, a escuta corre atrás das informações para o jornalismo da emissora.

Normalmente, o "primeiro passo" é da escuta. Depois, repórter e equipe (se o caso valer) correm atrás de fontes e vão fazer entrevistas (TV e rádio), imagens (TV) e tudo mais. Claro, a escuta permanece atualizando os casos se eles valerem para que a galera saiba o que acontece e ver se vão suitar (again, clica aqui pra ver o que é uma suíte no jornalismo).
Sinto que esse texto ficou confuso pra caramba e talvez atrapalhe mais do que ajude, RISOS.

E, galera, se algum dia tiver um incêndio, um sequestro, um acidente grande ou alguma coisa do tipo, ME LIGUEM. Pode virar notícia. RISOS de novo.
Entra AQUI, aproveita e vê como funciona um telejornal.
Se for uma coisa bem bonitinha, tipo uma feira japonesa, aí vocês ligam para a Ananda Apple (só de brinks, adoro o trabalho dela).


Um beijo e uma linda semana.
(a foto que ilustra a vida de um escuta é do querido Raphael Calles, o Raphone, que tem o PRAZER de dividir as manhãs comigo na labuta dos ESCUTAS, e a noite nas aulas da faculdade)







3 comentários:

  1. Francisco Figueiredo19 de julho de 2010 às 16:34

    hahaha o texto explica bem o trabalho da escuta. Só esqueceu de por a ``chefia`` que é quem fica acelerando vocês hahaha... parabéns!!

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  2. Aiii que loucura de trabalhooo heein Gabi?? mas eu pelo menos compreendi oq vc faz, o texto ta mto bom!!! BJoooos

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  3. Parabéns Gabi! O texto tá mto bom!!! E agora sim, eu entendi o que vc faz!hahaha. Bjokas!

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